Dinâmica do Pensamento

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Dinâmica do Pensamento

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Publicado por Frater Basílides em Ocultismo · Segunda 25 Dez 2017
Vimos, de conformidade com a primeira lei do Kybalion, que tudo é pensamento, vibração mental, ensinam os Mestres da sabedoria integral, no laconismo sintético de suas clássicas definições.
“O Grande Todo é o pensamento de Brahma”, a Realidade única e Absoluta, rezam os textos sagrados  e  mais  antigos  da  Índia.
Efetivamente, a própria Ciência Oficial não pode contestar que  “extinto o pensamento, o Todo deixaria de existir e volveríamos  ao  Nada”.
O pensamento é uma força e, podemos acrescentar, uma das mais potentes, porque, como estabelece o Kybalion, “quanto mais sutil a emanação, mais expansiva e mais poderosa”.
O pensamento, como as demais emanações ou vibrações, propagam-se por meio de ondas, através do respectivo plano, isto é da zona equivalente à sua densidade.
Toda a vibração goza da natural propriedade de expansão.  A telepatia é uma prova desse dinamismo.    É o fenômeno que a sabedoria integral denomina alquimia mental ou  transmutação  do  pensamento.
Assim como os metais e os elementos do pensamentos podem ser, voluntariamente,  transmutados.  
A execução desta fórmula nos permite a faculdade de intervir, por intermédio das emanações ou vibrações mentais, em qualquer plano do Universo.

Esta realização depende, exclusivamente, da força de vontade e do poder de energia mental de que disponha o operador.
Sem a posse integral desta força e deste poder toda a tentativa  redunda na mais completo dos insucessos.
A essência do pensamento é chitta,  diz o hindu, mas chita só adquire a função energética, que se lhe atribui, saturada de prana, a luz astral, a vitalidade, a energia eletromagnética, radioativa,  a força cristônica.

Não constituem, portanto, absurdo, os ensinamentos dos Mestres Rosa-Cruz, quando se referem as curas mentais, psíquicas ou prânicas, que a Igreja Romana denominava  milagres  e  a  Ciência Oficial,  Terapêutica  Sugestiva.
O pensamento sendo coisa, como asseguram os orientais, goza de todas as propriedades atribuídas  a  matéria  física.       Possui,  pelo  menos forma,  cor  e  som.

Os indivíduos dotados de faculdades hiperfísicas, que lhes permitem transcender os limites da percepção comum, assim o declaram e demonstram.
A  Sra.  Besant e o Sr Leadbeater legaram-nos um livro precioso em que estudam, detalhadamente, o extraordinário assunto.   
Os pensamentos determinados  pelo egoísmo, inveja ou avareza têm o formato de verdadeiras garras. Os produzidos pela cólera, ciúme ou rancor lembram reluzentes fagulhas. Os pensamentos devocionais são de um belo e delicado azul celeste. Os pensamentos afetuosos, cor de rosa claro.  Os coléricos, vermelhos. Os oriundos do medo, cinzentos. Os espirituais, lilases.  Os intelectuais ou melhor, puramente intelectuais, cor de ouro.  E os de pureza e bondade, brancos ou mais adequadamente, argênteos.

A recíproca destes teoremas confirma-os, plenamente.  A repetição de um som estridente, durante um certo espaço de tempo, produz irritabilidade e pensamentos decorrentes deste estado físico.  Ninguém ignora a influência dos toques de clarim ou dos hinos nacionais sobre o ânimo  dos  soldados  em  combate.  
O mesmo com relação a cor e ao formato.  O azul claro, por exemplo, produz calma.  É a cor adotada nos dormitórios dos nevropatas ou doentes de insônia fisico-nervosa. A ponta acerada e reluzente de qualquer arma branca faz recuar, instintivamente, os próprios animais.

Os pensamentos são transmissíveis a grandes distâncias. O estudo dos fenômenos  telepáticos  confirmam  esta verdade.    A glândula pineal é um perfeito aparelho  emissor  e  o  plexos  solar,  receptor.

A ciência oficial, apesar, dos progressos da endocrinologia, ainda está, longe de conhecer a função integral dessa glândula, dessa areia do cérebro, dessa janela de Brahma, como objetiva o simbolismo oriental.
A telepatia, a dinâmica do pensamento, não passou despercebida aos gregos; é a flecha de ouro de Abaris, de que Pitágoras falava a seus discípulos.  

Vivemos a emitir e a captar ondas de pensamentos que se propagam no espaço.
A expressão popular refletir, na acepção de pensar, exprimir a realidade do fenômeno.

A teoria dos germens enquadra-se, perfeitamente, na origem dos pensamentos.  O tratamento mental, a que aludem os Mestres Rosa-Cruzes, não tem outro fundamento, porquanto, serve-se, precisamente, dessa fecundação da mente,  para alcançar o prodígio das suas curas maravilhosas, o seu processo mais notório  e  comum é a sugestão.  A lei de analogia, a atração dos semelhantes,  também não é esquecida na execução ou técnica do método.  O poder da vontade, aliado a concentração mental, todo o tempo e esforços serão inteiramente improfícuos.

“A concentração mental é consciente, diz o Mestre, a paixão e seus análogos são inconscientes”.
Como todos os gérmens, que agem pela contaminação do respectivo ambiente, o gérmen pensamento age contaminando a mente humana.

Daí a regra consagrada, isto é, a asserção de que todo o germe  pensamento positivo, emitido conscientemente, por quem possua uma certa cultura mental, pode destruir o germe pensamento negativo, inconscientemente emitido e causa, muitas das vezes, a desarmonia  funcional do organismo,  a  enfermidade.
Ninguém, hoje em dia, abalançar-se-á a contestar a realidade da força pensamento, o dinamismo  mental.
Depois dos inúmeros fatos, universalmente observados sob o rigor dos mais severos métodos científicos, nega-los seria das mostras  de absoluta ignorância.

A  transmissão do pensamento,  produzida  pela  exclusiva  vibração da glândula  pineal, foi conhecida e praticada  pelos povos da América pré-colombiana, da Ásia, da África  e  da  Europa  e  de  todas  as  regiões  do  mundo  que  a  ela  se  referem.
Os  nossos  pajés  dela se utilizavam para a obtenção das suas curas à  distância.   
No seu livro The Law of Psychic Phenomena, o Dr. Thompson Hudson, trata do assunto de modo a não  deixar  a  menor  dúvida.

Não quero  terminar, sem referir-me, embora muito rapidamente, às moléstias e ao medo.
As moléstias, na sua maioria, originam-se da desarmonia do andamento ou frases que devem presidir os fenômenos biológicos ou fisiológicos, indispensáveis à euritmia orgânica.

As vibrações mentais modificam-lhes o ritmo e a periodicidade e, portanto, assim como podem produzir um  benéfico equilíbrio, podem, por sua vez, determinar um maléfico e perigoso desequilíbrio.
O pensamento mata e o pensamento cura.  Por sugestão ou  auto-sugestão, desta ou   daquela  maneira,  mas,  os fatos ali estão a  demostrar  a  realidade.

O medo é um veneno psíquico. Um tóxico mental. Apassiva o indivíduo. Destroi-lhe a personalidade.  Um tímido, um medroso é um eterno paciente,  incapaz de uma vontade e de um pensamento próprio. É uma sombra.  Um ser inteiramente dominado pelo arbítrio dos outros. Vive a atrair e a refletir ondas de pensamento que tanto podem ser benéficas como maléficas a integridade funcional do seu organismo.

É preciso reagir contra o medo.  Adquirir  energia,   confiança  própria, força de vontade, conquistar, em suma,  a  absoluta  tranqüilidade mental, primeiro passo no caminho  do  discípulo.  

Domingos Magarinos  (Gnose agosto 1936)



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