A TEORIA E A PRÁTICA
Publicado por Aula Lucis Central · 15 Agosto 2021
O Aspirante Rosa-Cruz, em textos ritualísticos que descrevem sua jornada iniciática, já foi chamado de águia, esta comparação procede, pois que esta, ao voar muito alto, dá-nos a impressão de chegar ao “céu”, isto é, aos planos espirituais mais elevados.
O voo dá águia, obviamente, só é possível pela ação equilibrada de suas asas. Se tivermos uma águia com uma asa, significantemente, maior ou menor que a outra, ela não voará, ou o fará muito mal, não se elevando a grandes alturas. No máximo conseguirá dar alguns saltos.
O Aspirante Rosa-Cruz quando é comparado a uma águia significa que possui, como a águia, duas asas, sendo uma a teoria e a outra a prática, isto é, estudo seguido de aplicação.
O Aspirante que deixa uma de suas “asas” crescer mais que a outra, não voará a grandes alturas no seu desenvolvimento iniciático.
Se for, preponderantemente, teoria perderá o equilíbrio necessário ao seu voo e, dificilmente, se elevará aos pináculos da vida espiritual. Se for, unicamente, prático esta asa, sem o equilíbrio da teoria, o fará ficar preso à terra do mesmo modo. Poderá dar alguns pulos, pequenas saídas do chão, mas certamente não voará até atingir a plenitude da vida maior.
Teoria e prática, não são passíveis de comparações do tipo esta é melhor que aquela. De fato, são ambas importantíssimas para o crescimento não só espiritual, como também para o de todas as atividades que podem levar o ser humano às alturas de sua condição, magnificamente, humana.
A todos que buscam o equilíbrio perfeito na vida espiritual, lembrem-se de que este só é possível aos que sabem, de fato, tudo aquilo que exercitam nos seus caminhos em direção à verdadeira Luz.
A Meditação
Há muitos obstáculos no caminho daquele que medita: o medo, a cólera, a depressão, a dúvida, os maus pensamentos, e demais estados mentais negativos impedem a obtenção de belos resultados. Swami Sivananda, discorrendo sobre as energias do corpo humano interior e sua aplicação na vida diária, realça a importância de livrar-se a mente de tudo aquilo que dificulta a meditação, notadamente aquela destinada ao crescimento interior. Ele nos ensina ser necessária a eliminação desses impedimentos para que se possa obter resultados positivos durante os exercícios diários.
A mente que almeja muitas coisas, quando influenciada pelos sentidos corporais, não consegue concentrar-se num único objetivo, ou tema, pois dominada por eles não alcançará a meditação: obcecada pela preocupação, dominada pela indolência, ou pela excitação, a mente se agita e não repousa, condição que impede o avanço pelo cominho em direção ao salutar estágio de abstenção de ideias, à meditação.
Para se libertar desse estágio, para obter frutos da meditação, desenvolva o seu autocontrole. A mente estável, com o tempo, atingirá o seu objetivo. É simples. Concentre-se em Deus e você terá uma vida divina, liberta sua mente de todas as energias conflitantes, e a luz brilhará dissipando as trevas e a dúvida.
“Submeto-me à tua vontade. Coloca, Senhor, um degrau diante de mim, para a continuidade de minha subida e evolução”.